sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Sonhos de uma tarde de verão


Não passava das três e meia e eu já em delírios bestiais
Artifices de longe assombravam, brancos qual ilusões irreais;
Mera intranquilidade, talvez. Disse eu: "Morbidos assombros transedentais, nada mais."

E de elepsie em elipse, não assustavam mais as formas orquestrais
Repeti comigo: Rivotril, maldito, o efeito deixou para trás.
Mas seriam aquelas formas vislumbres de passados celestiais?

A curiosidade me consumida. Podia eu permetir tardes tão adjetivais?
"Não!", gritei com veemência, e de louco me tomaram pessoas ditas normais.
Mesmo assim as abstrações não me deixaram em paz: eram pesadelos continentais!

Vencido, acabei por ouvir histórias surreais...
RF

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