quarta-feira, 21 de julho de 2010

Rimas e Verbos infames de um adeus com “a” minúsculo


Então é sério? É o nosso adeus?
Puxa, mas por que?
Se só o que fiz foi te bem querer?

Te mostrei minhas almas e autores,
Meus amores assustadores,
Meus clichês devastadores,
E até mesmo o pior de meus temores...

Se no plural nós éramos inseparáveis,
Tem certeza que seguirá no singular?
Se na subordinada a oração era quase sagrada
Prosseguirá mesmo na coordenada?

Aprendi a amar os seus defeitos
De pranto a brando chilique;
Gostei dos seus olhos encantadores, dos seus ardores
Até mesmo das suas dores...
...

Até mais então grande aprendiz
Teu nome prometo falar baixinho,
Vá em paz flor de Liz.


RF

Rimas e Verbos infames de um Adeus com "A" maiúsculo



Então é sério? É o nosso Adeus?
Bom... Que pena, terei saudades,
Só peço que não leve de mim só a ambigüidade
E talvez de você eu não leve só a sobriedade.

Mas dessa vez é de verdade?
Ou cê ta de “sacanagi”?

Por que exigiu mais de mim do que devia?
Te deixei claro, desde o início
que não passava de pura acefalia!

Da tão pura amizade, ainda exigia mais?
Talvez fosse, pois, um corvo
E se me dizias “volte pra suas hostes celestiais”
Retrucar-te-ia: “NUNCA MAIS”!

E porque falas de tolerância e paciência?
Quanto mudei nesses anos psicológicos todos?
Se de mim dizia que amava tanto,
Porque continuava a me machucar qual um bando de lobos?

“Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,”

Volte então pro seus umbrais
E de mim só espere pensamentos infernais!

RF

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Tal vez ni yo lo sé



Ela disse aquilo de uma maneira tão frescamente estranha...
E justo em espanhol; mas por que?

Recuerdo como si fuera hoy,
sus ojos estaban llenos de agua y dolor.

Mas justo o que?
No le compreendía,¿pero yo lo debía?

La luna azul y bella; aquellos ojos pequeños, casi cerrados...
El brillo tan pesado...

E eu, friamente, só lhe disse:
QUE?.

RF