A quem confiarei o pecado de ser eu
tão orgulhoso de mim, tão alegre com o espelho?
A quem direi que da vaidade
gozo o de mais puro, perdido em seu seio?
E a quem falarei que dentre os demônios
o mais inquieto, infalível e mordaz
repousa não lá, mas cá
perdido num tormento voraz?
Imagino que a nínguem.
Já que o horror, o ego sem cor
mais terrível que o pior dragão
diante de si mesmo, só leva a perdição
Pois então, que repouse em paz,
semblante adormecido, triste.
Viaje perdido nos caminhos fúteis
E da alma, vê se me deixa livre!
RF