domingo, 21 de junho de 2009

Na taverna à meia-noite


Sabe, meus caros amigos, naquele lugar até mesmo o pio de uma coruja velha representava menos mau-agouro do que as profundezas vazias do silêncio. Junto a ela havia, também, as evocações que os astros carregavam consigo, deslizando no céu noturno tal qual o fogo se expandindo no metal que irá forjar uma nova arma.
Pode parecer poético, mas a realidade estava quase alheia a beleza pura da literatura, vocês não concordam?
As tais armas de ferro fundido, ódio e uma parte de intolerância estavam vibrando na mesma frequencia do cenário.
Sim estavam! E se qualquer um dessa taverna estivesse lá e possuisse o dom de ouvir os gemidos daqueles que jazem nas profundezas pantanosas dessa rota, ouviriam: "Perigo!".

Querem saber de uma coisa? Eles tinham razão.
RF